Evento teve como objetivo central discutir a importância da equipe multiprofissional na assistência ao paciente raro

As professoras Beatriz e Laíse ao lado da coordenadora dos cursos de saúde, Glória Alavarse

Na última segunda-feira, 20 de novembro, o campus do UniCV foi palco do II Simpósio Interdisciplinar de Doenças Raras, uma iniciativa liderada pelas professoras Beatriz Cardoso e Laíse Sala, responsáveis pelas disciplinas de Patologia e Farmacologia, respectivamente. O evento, que contou com a participação ativa de estudantes dos cursos de Biomedicina, Fisioterapia e Nutrição, teve como objetivo central discutir a importância da equipe multiprofissional na assistência ao paciente raro.

A concepção do simpósio surgiu em 2022, quando a professora Beatriz, especialista em patologia, percebeu a necessidade de abordar o tema das doenças raras em um ambiente acadêmico. “Normalmente, a ementa da disciplina foca mais na fisiopatologia de doenças comuns, mas, ao nos depararmos com doenças raras, muitas vezes sem cura e com tratamento limitado, percebemos a urgência da interdisciplinaridade e a importância da equipe multiprofissional na assistência a esses pacientes”, explicou a docente.

O simpósio não apenas proporciona uma plataforma para a apresentação de trabalhos, mas também integra uma proposta pedagógica ao atribuir notas nas disciplinas de Farmacologia e Patologia. Os cursos envolvidos, Biomedicina, Fisioterapia e Nutrição, foram organizados em equipes, cada uma composta por no mínimo um aluno de cada curso.

A pergunta central que guiou as apresentações foi: “Como sua formação (Biomedicina, Nutrição ou Fisioterapia) pode contribuir positivamente na assistência e qualidade de vida do paciente raro?” Cada equipe abordou a questão sob uma perspectiva específica, refletindo a natureza diversificada das disciplinas.

O Simpósio abordou nove doenças raras, incluindo Anemia Falciforme, Lúpus, Síndrome de Cushing, Miastenia Gravis, Osteogenese Imperfeita, Esclerose Múltipla, Fibrose Cística, Esclerose Lateral Amiotrófica e Guillan Barré. Os alunos de Biomedicina concentraram-se no diagnóstico e pesquisas para tratamentos inovadores, enquanto os estudantes de Nutrição exploraram o impacto de uma dieta equilibrada. Já os futuros fisioterapeutas destacaram a reabilitação e exercícios benéficos para os pacientes raros.

Para a professora Beatriz, o simpósio representa uma oportunidade única de humanizar os alunos diante de condições raras que, apesar de não serem comuns, afetam milhares de pessoas, muitas vezes silenciadas pela falta de apoio e acesso a centros especializados.

Durante as apresentações, cada equipe teve 20 minutos para expor seus trabalhos, seguidos por uma sessão de perguntas e discussões. A interação com a plateia e a banca examinadora proporcionou um ambiente propício para a troca de conhecimentos e experiências.

“Nesse momento, muitos alunos compartilham suas experiências pessoais, e alguns têm condições raras. Isso cria um ambiente de empatia e humanização, contribuindo para uma compreensão mais profunda das complexidades enfrentadas pelos pacientes raros”, destaca a professora responsável pelo simpósio.

Além de enriquecer o conhecimento dos estudantes sobre doenças raras, o evento destaca a importância das equipes multidisciplinares na abordagem integral desses casos. O II Simpósio Interdisciplinar de Doenças Raras do UniCV reafirma o compromisso da instituição em promover uma formação acadêmica que transcende as barreiras tradicionais, preparando seus alunos para enfrentar os desafios da prática profissional com sensibilidade e conhecimento interdisciplinar.