Objetivo é dar tratamento adequado ao descarte desse material; medidas encontradas poderão servir a todo sistema funerário

 As coroas de flores utilizadas diariamente em cerimônias funerárias formam um volume alto de resíduos em Maringá que precisam de uma destinação correta. Atualmente, algumas empresas que trabalham com resíduos orgânicos no município respondem por esse serviço.

Mas, a depender de um Projeto de Extensão do Centro Universitário Cidade Verde, (UniCV) em parceria com o Crematório Angelus de Maringá, empresa do Grupo Prever Sul, todo o volume de flores e folhas, que compõem as coroas, pode ir para compostagem e virar adubo orgânico ou ter alguma outra finalidade de uso.

A ideia de estudar uma forma de reaproveitamento dos resíduos veio do gestor do Angelus Cemitérios e Crematórios, Cezar Przybysz, que viu nessa possibilidade uma forma de beneficiar o meio ambiente e diminuir os gastos que a empresa tem hoje ao terceirizar a destinação dos resíduos.

Parceria

Em contato com professores de Gestão Ambiental do curso Administração e, também, o Smart Space – braço de inovação e empreendedorismo do UniCV – a parceria foi selada.

Denominado “Inovação e Sustentabilidade Prever”, o projeto será desenvolvido durante este semestre, contando com a participação de estudantes dos dois cursos envolvidos e orientação das professoras Camila Caobianco, Marcela Bortotti Favero e Waldirene Dantas. O estudo terá duração de cinco meses.

De acordo com Camila Caobianco, coordenadora do Smart Space, as organizações estão preocupadas cada vez mais com o impacto que seus negócios têm causado ao meio ambiente e esta realidade tem feito com que os gestores busquem alternativas e deem novas finalidades aos resíduos de suas empresas.

“Assim é que nasceu esta nossa parceria com o Prever e esperamos poder encontrar meios que minimizem os impactos ambientais e possam garantir benefícios sociais duradouros na região de atuação desta organização”, afirmou a gestora.

O estudo

O estudo terá como base o material utilizado no Crematório Angelus, onde o volume de flores e folhas utilizados no ano passado chegou a 7,9 toneladas. A solução encontrada, entretanto, poderá ser estendida a todo o Grupo Prever Sul, assim como ao município, na opinião de Cezar Przybysz. Segundo ele, “o Prever, composto por várias empresas na região Sul, tem o interesse de levar isso para frente”.

O trabalho dos estudantes começa neste sábado, dia 25, com visita ao crematório, onde conhecerão a realidade de perto.  Na sequência, após o diagnóstico, orientados pelos professores, entrarão na etapa de elaboração de alternativas e estudo de custos. A apresentação do relatório final e das propostas está marcada para acontecer nos dias 5 e 12 de junho.

O Prever irá premiar a equipe que apresentar o melhor projeto. Segundo Cezar, a intenção é adotar as medidas sugeridas pela equipe vencedora.