A proposta busca alcançar igualdade de gênero entre mulheres no Quilombo Guiti

 

A aluna Priscila Lopes Soares, do curso superior de Tecnologia em Educador Social, desenvolveu um projeto de extensão voltado para a comunidade do Quilombo Guiti, em Paraty (RJ), com o objetivo de buscar igualdade de gênero entre as mulheres.

 

O projeto teve início com a escolha do público, seguida por uma entrevista e pesquisa de campo. Na segunda etapa, a aluna propôs a desenvolver uma arte digital com o tema “promoção da igualdade de gênero” e entregar este material impresso na comunidade Quilombo Guiti.

 

O tema está incluso no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 5, que busca alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as meninas e mulheres. 

 

Depois de confeccionar o material, a aluna fez a entrega dos panfletos. Na oportunidade, 10 mulheres quilombolas apresentaram relatos das trajetórias de vida delas. 

 

Confira os textos do panfleto feito pela aluna

 

IGUALDADE DE GÊNERO

Nos últimos anos, a desigualdade de gênero tem se tornado um assunto

recorrente. A luta por um mundo em que homens e mulheres sejam livres para fazer suas escolhas, usufruindo das mesmas responsabilidades, direitos e oportunidades, intensificou-se em meados do século XX, impulsionada, principalmente, pelo movimento feminista.

Além de ser um direito humano básico, a igualdade entre os sexos foi considerada um dos pilares para a construção de uma sociedade livre, o que é crucial para acelerarmos o desenvolvimento sustentável. Empoderar mulheres e meninas tem um efeito multiplicador e colabora com o crescimento econômico e o progresso.

Quando fala-se em Igualdade de gênero, enfatiza a necessidade de ações no mundo inteiro, onde na maioria das sociedades pelo mundo, as mulheres precisam de políticas públicas para conseguirem alcançar o mesmo patamar dos homens. Infelizmente ainda é muito real o fato de profissionais do sexo feminino terem salários menores que os do sexo masculino realizando a mesma função.

 

AS COMUNIDADES QUILOMBOLAS E A IGUALDADE DE GÊNERO

Fortalecer, empoderar e encorajar jovens, mulheres quilombolas de todas as regiões do Brasil, é uma necessidade emergente, diante do machismo, desigualdades, preconceitos e alto número de feminicídio. É preciso lutar para mudar a realidade dentro das escolas, dos quilombos e em todos os lugares do mundo e reconhecer a importância das mulheres na luta pelo bem-viver nas comunidades.

 

Existem atualmente diversos canais virtuais para as denúncias de casos de racismo, violência de gênero, e demais casos de violação dos direitos humanos.

É necessário:

Reconhecer que está em situação de violência;

Pedir ajuda (institucional ou informal) – buscar uma rede de apoio segura (amigos, familiares, vizinhos). Em casos urgentes, busque o porteiro do prédio, a farmácia mais próxima, toda ajuda possível;

Fazer a denúncia pelos canais especializados;

Solicitar medida protetiva (se necessário);

Em casos urgentes, a própria delegacia pode conceder medidas protetivas;

Formalizar a denúncia, prestar informações/depoimentos dos processos

judicializados;

Recomeçar de cabeça erguida.

 

CHAMANDO A ATENÇÃO

O impacto da desigualdade de gênero na sociedade traz realidades como:

– As meninas gastam 50% a mais de tempo realizando afazeres domésticos quando comparadas aos garotos entre 10 e 14 anos de idade;

– O abuso sexual é parte da história de mais de milhões de mulheres entre 15 e 19 anos;

– A cada 8 minutos, um caso de estupro é registrado no Brasil e ainda assim, a grande maioria das vítimas não denunciam os seus abusadores;

– Em alguns lugares do mundo, meninas são proibidas de ir à escola;

– Muitas meninas abandonam os estudos, o fazem para cuidar de suas famílias;

– A gravidez na adolescência faz com que grande número de estudantes larguem os estudos.

 

PRECISAMOS FAZER A MUDANÇA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO E DA INFORMAÇÃO. COMPARTILHE