O dia da mulher não é um dia de comemoração, é um dia de reflexão, onde paramos para pensar que nos últimos 12 meses, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativas de estrangulamento no Brasil. 37,1% das brasileiras já passaram por algum tipo de assédio, entre quais 42% ocorreram dentro de casa, sendo que 52% delas não denunciam o agressor, ou procuram ajuda, segundo uma matéria publicada em fevereiro de 2019 pela BBC News Brasil.

Por causa de números assustadores como estes que o Cadir – Centro Acadêmico de Direito – da UniFCV realizou uma ação para conscientizar as pessoas nesta seunda-feira (09). Foram distribuídos os “Violentômetro” para as mulheres da instituição e para pessoas no terminal urbano de Maringá, nele é possível encontrar uma lista de atitudes que podem ser consideradas violências contra a mulher e sua intensidade. Entre essas ações estão chantagem, assédio, humilhações, destruição de objetos pessoais, ameaças, estupro e morte.

A estudante de Direito e representante do Cadir, Flávia Gutierrez, foi uma das pessoas que estavam ajudando na ação de distribuição dos violentômetros. Ela ressalta que um dos maiores problemas é que, muitas vezes, as pessoas não conseguem notar a violência: “muitas pessoas não conseguem enxergar essas situações, algumas até acham normal. A violência não está limitada ao trato homem x mulher, mas também de pais para filhos, para com idosos, etc. A violência se mostra também em pequenos atos psicológicos, que reiterados podem evoluir para uma agressão física e até morte. A campanha tem como objetivo primário que cada um receba o “violentômetro”, para analisar sua própria situação e perceber se ela se encaixa em algum estágio de violência”.

De acordo com dados da ONU, 5% dos homens no mundo são assassinados por companheiras ou ex-parceiras, em compensação 35% das mulheres são mortas por companheiros ou ex’s. Além disso 54% dos brasileiros conhecem uma mulher que já foi agredida por um parceiro. Quanto mais investigamos mais percebemos o quão alarmante são os números e o como são nescessárias ações de conscientização.

Como uma forma de dar luz para esses casos que surgiu um site designado a coletar depoimentos de pessoas sobre violência doméstica. O produto é um resultado de um projeto do curso de direito para a disciplina do PIM – Projeto Integrador Multidisciplinar – que busca abordar a violência contra a mulher.

A luta é constante, e não é exclusiva das mulheres, todo nós devemos batalhar para uma sociedade mais justa, e ações como a do Cadir são um passo pra frente nesta longa jornada. Pense, reflita, e principalmente converse sobre esses assuntos, conhecimento traz luz e nos ajuda a evoluir. Em caso de violência não hesite, denuncie e disque 100. O silêncio é o maior aliado do agressor.

Assessoria de Comunicação – UniFCV.