A maratona de ideias inovadoras para os problemas da arborização de Maringá reuniu 268 estudantes de nove cursos da instituição

Em sete horas de desafio, alunos criaram ideias que impressionaram os avaliadores

O Centro Universitário Cidade Verde (UniCV) realizou na quinta (01) e sexta (02) da semana passada, um dos maiores Ideathons que se tem notícia no Estado do Paraná. A maratona reuniu 268 estudantes de nove cursos da instituição, que deveriam apontar ideias inovadoras para resolver problemas ocasionados pela arborização de Maringá, como a queda de árvores e raízes expostas nas calçadas.

O Desafio fez parte das atividades da 3ª Semana Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Design de Interiores e 9ª Jornada de Computação, Marketing, Design Gráfico e Design Digital e contou com a parceria do Sebrae, do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), da Agência Maringá de Tecnologia e Inovação (Amtech), da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Maringá (AEAM), do hub de inovação Engenium Park e do Smart Space, do UniCV.

Divididos em 28 equipes multidisciplinares, os estudantes receberam o desafio de propor soluções para os problemas ocasionados pela arborização de Maringá, como a queda frequente de árvores e a exposição de raízes nas calçadas e tiveram em torno de sete horas para desenvolver propostas que fossem inovadoras e viáveis ao mesmo tempo.

Premiados

O projeto vencedor foi da equipe que criou o aplicativo “Participa Maringá”. O app proposto pelos estudantes, além de conter um banco de dados sobre a arborização, seria um canal aberto para as pessoas fazerem pedidos de corte, denúncias, podendo ali mesmo acessar as empresas autorizadas pela prefeitura a prestar os serviços e fazer os agendamentos.

“A interação dos moradores ainda geraria pontos que poderiam ser convertidos em descontos no IPTU ou transferência do valor em conta bancária”, explica a líder da equipe, Natália Santos, para quem a “sinergia do grupo, formado por estudantes de Engenharia de Software, Arquitetura, Engenharia Civil e Análise e Desenvolvimento de Sistemas, foi muito positiva”.

Além do primeiro lugar, outras duas equipes foram premiadas e as três receberão acompanhamento do Sebrae por três meses para o desenvolvimento dos projetos com a finalidade de que os produtos se tornem viáveis para o mercado. O trabalho do segundo lugar envolve o uso de inteligência artificial e o desenvolvimento de um sistema para ajudar a Prefeitura a fazer o gerenciamento da qualidade das árvores e traçar o planejamento da área e o terceiro lugar trata-se de uma aplicativo para o controle de poda e corte das árvores.

Avaliação

Talita Torcato, superintendente da Secretaria de Urbanismo e Habitação do Município, que compôs a comissão avaliadora, viu as ideias como inovadoras e aplicáveis. “São propostas totalmente possíveis de a Prefeitura vir a aproveitar, já que hoje temos uma agência de tecnologia e inovação no município, a Amtech, voltada a pensar soluções inteligentes para a nossa cidade”, afirmou.

Bruno Aldana, consultor do Sebrae e coordenador do Ideathon do UniCV, avaliou como “surpreendente” a quantidade de participantes. “Foi o maior Ideathon que já aplicamos no Noroeste do Paraná e esteve acima das expectativas”, disse ele, ao afirmar que surgiram projetos muito bons. “Eu saio desse desafio muito contente e vendo que no futuro podemos ter outros projetos para essa moçada, que se mostrou bastante engajada e criativa”, completou.

Nickolas Zeni Kretzmann, gestor regional de programas para Startups, empresas de Tecnologia e Inteligência Digital do Sebrae Paraná, foi outro que se mostrou satisfeito com os resultados. “Pelo menos com base nos dados do Sebrae/PR, nosso Ideathon da última semana foi a maior maratona de desenvolvimento de soluções ligadas a pauta Smart City já realizado no Paraná. O evento também entra para o grupo de grandes eventos de fomento ao empreendedorismo, criatividade e inovação já realizados no estado com o apoio do Sebrae”, destacou.

Na avaliação do professor de engenharia Deyvid Oliveira dos Anjos, que também acompanhou o desafio, o Ideathon tem tudo a ver com a proposta da instituição em focar a inovação. “Percebemos também que ao sair da sala de aula, os alunos ficam mais motivados e conseguem realmente mostrar o potencial que têm.”