Primeira noite do Congresso de Educação discute a tecnologia digital na educação

Além disso, também foram debatidos temas como a importância da divulgação científica e a educação como fator de transformação pessoal e profissional

Nessa segunda (19), realizamos as primeiras palestras do Congresso de Educação e Desenvolvimento Social, evento que busca reunir os profissionais de educação espalhados pelo Brasil em uma única live. Na primeira noite, o retorno não poderia ter sido mais animador, contamos com participação de vários alunos e colaboradores da UniFCV que buscaram, por meio do congresso, aprimorar seus conhecimentos na área de educação.

Na primeira noite, contamos com quatro palestras relacionadas a educação e o desenvolvimento social, a primeira delas, com o tema: “Comunicação Científica e Educação”, feita pela Pós-doutora em arte e tecnologia e assessora de divulgação científica da Pró-reitoria de extensão e cultura da UEM, Ana Paula Machado Velho, que pontuou em sua fala sobre a situação atual da pesquisa científica: “eu acho que devemos procurar fontes confiáveis, sempre. O problema é que as pessoas não acreditam mais na ciência. O mundo que nós temos hoje é por que a ciência evoluiu e conseguiu encontrar caminhos que nos deixam viver mais e melhor. Nesse momento em que vivemos, algumas estão colocando em jogo toda essa bagagem de conhecimento, e isso é muito preocupante”. Ela ainda ressalta que a chave está na busca de fontes confiáveis: “Eu recomendo que as pessoas procurem fontes confiáveis e pessoas que tenham domínio sobre o assunto. Existe gente que está preocupada em indicar caminhos sobre o que é verdade científica e o que não é”, conclui a professora Ana Paula Machado Velho.

Logo após sua fala, a professora Ana Paula passou o microfone para a próxima palestrante, a mestre em Ciências Sociais, Renata Oliveira dos Santos, para falar sobre “Tecnologias Digitais e Educação”. Logo de início, Renata já deixou claro um grande problema da nossa sociedade, a falta de conhecimento da tecnologia digital:  “O professor precisa aprender para poder ensinar e então essas pessoas vão conseguir, no futuro, fazer suas próprias pesquisas, isso seria EAD, não propriamente o material impresso, uma aula de 12 minutos” e ainda completa, discursando sobre o momento pelo qual passamos: “O que aconteceu com no ensino remoto emergencial? Aprendemos que ninguém é nativo digital, que precisamos aprender e ensinar tecnologias digitais para conseguir nos inserir de forma a aproveitar os cursos e não consumir falácias. Precisamos estudar tecnologias digitais para entender essa sociedade que fazemos parte. Ela não é algo oposto, ela não é salvadora, ela é parte da cultura e, se é parte da cultura, nós precisamos saber ensinar”, conclui a mestre em Ciências Sociais, Renata Oliveira dos Santos.

Ainda mantendo a temática de tecnologias da informação e aprendizado, demos início à palestra: “Alfabetização mediática”, mediada pela doutora em ciências da comunicação, Luzia Deliberador, que alertou aos estudantes sobre a necessidade da criação de uma geração mais crítica em relação à mídia: “Hoje em dia, as crianças estão nas mídias sociais, eles estão interagindo, estão assistindo. Então precisamos preparar os professores para lerem mais criticamente a mídia e ensinar essas crianças a fazerem o mesmo, para serem cidadãos mais críticos, mais envolvidos nos problemas da sociedade.”, e ainda afirma que: “A criança tem que ter mediação dos pais e da escola. Dos pais fica a responsabilidade de não deixar o filho “solto”, sem saber o que ele está vendo, mas sim participar, ver os conteúdos e questionar o que ele está fazendo com isso. O ideal seria o pai acompanhar, ou ao menos questionar os filhos sobre o que eles estão aprendendo e, principalmente, o que estão fazendo com esse conhecimento”, alerta a doutora em ciências da comunicação, Luzia Deliberador.

Para finalizar o primeiro dia do congresso de educação, subiu ao palco o Reitor da UniFCV, José Carlos Barbieri, palestrando sobre “educação como fator de transformação: do pessoal ao profissional”: “O professor precisa trabalhar em sala de aula a importância da interdisciplinaridade bem como se transformar num líder que seja referência, que sensibilize as pessoas que um vencedor não pode desistir, que precisa ser resiliente e fazer a diferença. E com essa diferença, com essa liderança, ele vai ajudar seus alunos a terem uma melhor qualidade de vida em termos de salário e emprego”, falou o Reitor da UniFCV, José Carlos Barbieri.

O evento

O Congresso de Educação e Desenvolvimento Social começou na segunda (19) e vai até sexta (23), e será 100% online, conectando os alunos e profissionais das graduações presenciais e EAD de todo o Brasil para debater sobre as possibilidades e deveres da educação. O evento conta com um diverso número de profissionais, de diversas áreas do saber, proporcionando assim uma visão sistêmica e múltipla da educação. As inscrições ainda estão abertas, e podem ser feitas pelo link:  https://bit.ly/2F1841Z