Prever premia projetos de estudantes do UniCV para destinação ecológica de coroas de flores
A premiação contemplou três equipes de estudantes que participaram de um projeto de extensão com o objetivo de encontrar soluções para os resíduos gerados pelas coroas
Gestores do Prever e do UniCV se reuniram, nesta terça-feira à noite (04/07), para avaliar as propostas desenvolvidas pelos alunos da instituição que participaram do projeto de extensão “Inovação e Sustentabilidade”. O objetivo do projeto era encontrar soluções para dar destinação adequada às coroas de flores utilizadas em funerais. Cinco equipes de estudantes de Administração apresentaram propostas variadas para lidar de forma ecologicamente correta com esses resíduos, e os três melhores projetos foram premiados.
Os trabalhos foram realizados com orientação do professor Renan Araújo de Azevedo e coordenados pelo Smart Space, espaço de inovação e empreendedorismo do UniCV. Eles se basearam em dados coletados no Crematório Angelus, que faz parte do Sistema Prever. Apenas nessa unidade, aproximadamente 8 toneladas de resíduos de coroas de flores, compostas por flores, folhas, madeira e espuma, são descartadas anualmente.
A proposta vencedora foi apresentada pelas estudantes Sara Macedo, Sabrina Xavier e Izabella Marçal, do último ano do curso de Administração. Elas sugeriram destinar os resíduos para compostagem e utilizar o adubo orgânico nas hortas comunitárias e no viveiro municipal de Maringá. As estudantes identificaram que a Prefeitura já possui um centro de compostagem e sugeriram que a empresa busque uma parceria para viabilizar a proposta. A madeira e a espuma utilizadas no suporte das coroas seriam separadas e destinadas à produção de artesanato e suporte para mudas de plantas no próprio viveiro do município.
Novos caminhos
As estudantes afirmaram que buscaram um caminho simples e constataram que em Maringá existem muitas opções para reaproveitamento de resíduos. Elas ressaltaram a importância da organização e do interesse em buscar iniciativas já existentes. Além disso, mencionaram a viabilidade econômica da secagem das flores e sua comercialização para montagem de arranjos florais, uma tendência atual.
As propostas premiadas em segundo e terceiro lugar trouxeram abordagens inovadoras. As estudantes Luana Caroline da Silva e Marcela Sayuri Mizuta conquistaram o segundo lugar com a sugestão de triturar as flores e folhas e criar produtos biodegradáveis, como porta-copos, vasos e urnas funerárias para descarte de cinzas. Elas propuseram utilizar um composto dos itens triturados com água e cola, resultando em produtos de baixo custo e resistentes. A empresa poderia implementar essa iniciativa em parceria com ONGs e entidades assistenciais, reduzindo os custos de descarte e gerando renda social com a venda dos produtos.
Em terceiro lugar, foi premiado o projeto “Compensado Orgânico”, criado pelos estudantes Felipe Giovanne Luppi Novaes e João Marcelo Seleguin. A proposta consiste em aproveitar integralmente as coroas, triturando todas as partes (folhas, flores, madeira e espuma) e combinando-as com outros elementos para criar uma chapa de compensado orgânico. Essa chapa teria diversas aplicações, podendo ser utilizada como tapume, em móveis de baixo custo e em outras áreas. Com essa abordagem, o Prever eliminaria os custos de descarte e ainda lucraria com a venda das chapas. A produção poderia ser feita pela própria empresa ou em parceria com outras interessadas. Durante suas pesquisas, os estudantes encontraram projetos semelhantes com resíduos orgânicos, o que comprova a viabilidade da ideia.
Avaliação
Os trabalhos apresentados pelos estudantes foram avaliados por representantes do Prever, incluindo os diretores Bruno Czezacki e Gabriel Borba, o gestor do Crematório Angelus, Cezar Przybysz e, ainda, representantes das áreas de Marketing e Publicidade, Recursos Humanos, Funerária e Floricultura.
Bruno Czezacki expressou seu impacto com as ideias e enfatizou a intenção da empresa em aproveitar as sugestões dos alunos, não apenas uma, mas possivelmente várias. Segundo ele, o projeto proporcionou uma visão diferenciada sobre a gestão desses resíduos para a empresa.
Cezar Przybysz, o responsável pela iniciativa do projeto ao convidar o Smart Space-UniCV para a parceria, também se mostrou satisfeito e afirmou que o trabalho atingiu plenamente os objetivos de encontrar soluções economicamente viáveis e ecologicamente sustentáveis para um problema da empresa.
Da parte do UniCV, a diretora de Pós-graduação e pesquisa, Marcela Favero, ressaltou a importância da integração entre a universidade e as empresas da cidade para encontrar soluções para problemas que geram preocupação na sociedade. Ela expressou sua esperança de que os resultados desse trabalho inspirem outros alunos a se engajar em pesquisas.
Também presentes na apresentação estavam o diretor de Graduação, Alex Alves, e a coordenadora do Smart Space, Camila Chirnev, que destacaram a contribuição dos projetos para a preservação do meio ambiente, promovendo a conscientização sobre a importância da sustentabilidade.