Curso de Direito do UniCV obtém 1º lugar na premiação do Conjuri para trabalhos acadêmicos
Projeto utiliza recursos táteis no ensino de alunos com deficiência visual, promovendo integração entre faculdades e a advocacia
O curso de Direito do Centro Universitário Cidade Verde (UniCV), que tem o melhor desempenho entre as instituições maringaenses nos Indicadores de Qualidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), obteve o 1º lugar no prêmio do XVI Conjuri – Congresso Jurídico Integrado, que reconheceu os cinco melhores trabalhos acadêmicos voltados a promover integração entre academia e advocacia.
Considerado o maior congresso do Brasil para estudantes de Direito e Advogados, o Conjuri 2024, promovido pela OAB-Maringá, encerrou sua programação de três dias nesta quinta-feira, dia 29 de agosto, em Maringá. E o UniCV venceu apresentado o projeto Direito Táctil, que tem a proposta de ensinar alunos com deficiência visual utilizando protótipos feitos em placas de PVC e desenhos com cola em relevo.
Wesley dos Santos, de 22 anos, tem deficiência visual, está no 10º período do curso de Direito do UniCV e afirma que somente na faculdade conseguiu a inclusão que procurou na educação desde os 7 anos. Entre os recursos utilizados por ele na instituição de ensino superior estão audiobooks, aplicativos e métodos exclusivos, além de toda a acessibilidade na estrutura, com pisos táteis, marcações em braille e caixas de som nos elevadores.
O professor de Direito João Toso é um dos discentes que ensina o Wesley e utiliza o projeto Direito Táctil para que o aluno possa compreender ensinamentos na disciplina de Direito da Família. “Estava ensinando identificação de parentesco com desenhos, que ajudam os alunos a compreender melhor a linha reta e linha colateral, por exemplo. E vi a necessidade de conversar com o Wesley para validar um método que o ajudasse a aprender. Então desenvolvemos placas de plástico e desenhos em alto relevo feitos por uma espécie de cola, assim ele conseguiu avançar”, contou.
“Com o projeto, futuros advogados poderão utilizar esse tipo de recurso também na atuação jurídica”, concluiu.