As propostas são resultado do projeto de mapeamento do lixo domiciliar realizado durante três meses

Trabalhos foram apresentados a uma banca avaliadora

Após trabalhar três meses avaliando o descarte irregular do lixo domiciliar e sua relação com o aumento dos casos de dengue em Maringá e cidades vizinhas, estudantes do Centro Universitário Cidade Verde (UniCV) desenvolveram projetos visando ajudar a diminuir o problema.

No mapeamento sobre o lixo em alguns bairros de Maringá e Sarandi, os estudantes constataram desde o descarte irregular em vias públicas, praças e terrenos baldios, até problemas com irregularidade na coleta e, ainda, a falta de conscientização das pessoas sobre o descarte correto dos resíduos.

Denominado “Proposta de Inovação para o Lixo”, o projeto foi realizado por alunos do terceiro e quarto semestres de Biomedicina e Nutrição, entre agosto e novembro, como uma das propostas de ensino da disciplina de Meio Ambiente e Sustentabilidade.

O objetivo principal foi levar os estudantes a pensar e buscar soluções para o problema da dengue nessas cidades, sob o aspecto da Promoção da Saúde, entendida como um conjunto de estratégias que visam providências no âmbito individual e coletivo, e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.

Propostas

A ideia é que os alunos pudessem mapear o problema, entender as dificuldades e propor inovações.

De um modo geral, após constatação dos problemas, as equipes avaliaram trabalhos já existentes na área e deram sugestões de melhorias e criação de ferramentas digitais que possam contribuir com a solução do problema.

Em um dos trabalhos, os alunos propuseram, por exemplo, a criação de uma aba específica no aplicativo da Ouvidoria Municipal de Maringá sobre a dengue e estimular a população a apresentar denúncias mediante o acúmulo de milhas.

Num outro, a equipe desenvolveu a ideia de um aplicativo chamado “E-Trash”, com a proposta de trazer informações gerais sobre o assunto e, ainda, a realização do monitoramento em tempo real dos caminhões de coleta.

Já uma terceira equipe pensou em uma rede social e um site informativo sobre a dengue e tópicos relacionados, como coleta seletiva, horários de coleta, prevenção e outras informações.

O caminho da educação foi escolhido por uma outra equipe, que propôs a ampliação do programa “Dia D de combate à dengue”, de Maringá, sugerindo uma ação permanente junto às escolas para conscientização de crianças e pais e a qualificação de pessoas nesta área, por meio de parceria com universidades.

Avaliação

Conforme a professora Laís Yamada, uma das responsáveis pelo projeto, as ideias criadas pelos alunos poderão ser aperfeiçoadas nos próximos semestres e a intenção é apresentá-las aos órgãos municipais e possíveis parceiros privados.

Membros da banca examinadora sugeriram que os estudantes pensem em desenvolvimento de um produto próprio para levar ao mercado, sem a dependência das instituições públicas.

“Qualquer um desses projetos pode ser viável no mercado, após o aperfeiçoamento. Existem muitas empresas hoje em dia comprometidas com causas ambientais. É por aí que vocês podem caminhar, trazendo viabilidade às ideias de vocês e contribuindo social e economicamente para os problemas gerados pelo lixo”, disse o diretor acadêmico do UniCV e membro da banca, Alex Alves.

Além do professor Alex, foi convidada a compor a banca, Caroline Félix, membro do Hub da Saúde de Maringá, a professora e coordenadora de curso do UniCV, Laís Stocco, a professora .contribuinte da instituição, Carolina Sarzedas, juntamente com a professora responsável pela disciplina, Lais Yamada.